quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A história por trás da jam e "Am I Evil?"

A revista Revolver realizou uma entrevista com o Metallica, Slayer, Megadeth e Anthrax para uma edição especial dedicada aos Big Four do thrash metal dos anos 80. Este seção relembra como que surgiu a idéia das bandas tocarem "Am I Evil?" juntas nos shows dos "Big Four", começando em Sofia, Bulgária, no ano passado. Ela conta com entrevistas com Lars Ulrich do Metallica, Scott Ian e Charlie Benante do Anthrax, Dave Lombardo do Slayer, e David Ellefson do Megadeth.
Revolver: A maioria de vocês subiram ao palco e tocaram a "Am I Evil?" do Diamond Head no ano passado em Sofia, Bulgária. Como surgiu isto?
Lars Ulrich: Eu acho que nós sentimos que deveríamos tentar e ver se conseguiríamos juntar todo mundo. Também, havia toda essa coisa de transmissão mundial. Parecia o lugar óbvio para compartilhar, havia uma vibração tão boa rolando. Nós queríamos que os fãs de todo o mundo tivessem a chance de compartilhar essa boa vibração.
Scott Ian: Eu estava sentado em um bar com o Corey Taylor(vocalista do Slipknot e Stone Sour) em algum lugar, uma ou duas noites antes de realmente fazermos isso, e eu recebi uma mensagem do Kirk [Hammett, guitarrista do Metallica] dizendo, "Ei, na Bulgária estamos pensando em tocar 'Am I Evil?' com todo mundo, então avise seus caras." E eu respondi, "Sim, claro. Estamos dentro."
Lars Ulrich: A razão de escolhermos "Am I Evil?" é porque obviamente tocar uma música do Metallica pareceria um pouco de egoísmo. Todos os músicos certamente compartilham um pouco de influência do Diamond Head. É provavelmente difícil achar uma banda que é mais responsável, ou pelo menos indiretamente responsável, pelo thrash metal. E "Am I Evil?" é uma ótima música, tipo um hino, que também tem a qualidade de não ser super complicada. Então simplesmente parecia o tipo certo de vibração para compartilhar com todos por cinco minutos que não precisava necessariamente mandar as pessoas de volta para a sala de ensaio por dias. [O líder do Megadeth, Dave] Mustaine e um monte desses caras sabiam o riff também, então parecia a escolha lógica.
Charlie Benante: A primeira mensagem que eu recebi sobre isso foi - eu acho que o Kirk que me enviou - "você vai tocar guitarra". Esta foi a primeira mensagem que eu recebi. E foi tipo, animal. Aquilo seria ótimo. E acho que as outras pessoas pensaram, como o baterista vai tocar guitarra, quando os outros bateristas não estão fazendo nada? Então de repende, uma caixa de bateria foi colocada no meu colo. E eu fiquei tipo, ok, eu estou bem com isso também.
Dave Lombardo: Eu amo fazer jam. Eu faço isso o tempo todo em casa, em Hollywood. Então eu fiquei animado em fazer isso, eu não recusaria esta oportunidade com todos os meus outros amigos lá em cima. Foi tipo, tá certo, vamos lá.
Revolver: O que vocês se lembram sobre ensaiar a música?
David Ellefson: Foi ótimo. Assim que entramos na sala de ensaios, o [baixista do Metallica] Robert Trujillo foi tipo, "Ei, Junior, ainda bem que você está aqui". E ele me passou o baixo. Ele foi tipo, "Aqui, você faz a jam". E eu estava tipo, ok, eu acho que agora eu sou o baixista neste pequeno desafio. Então eu toquei, e foi divertido para mim, sentar lá e ser o cara. Lars era o baterista, claro, e nós estávamos meio equilibrados, pois eu e ele sempre nos damos muito bem durante os anos. E eu olhei e vi o [guitarrista do Megadeth, Chris] Broderick, o [vocalista/guitarrista do Metallica, James] Hetfield, Mustaine, Scott Ian, o [frontman do Anthrax] Joey Belladona, e todo mundo lá. E este foi um daqueles momentos clássicos. Eu me lembro quando era criança, eu gostava de folhear uma revista de guitarras e ver uma foto clássica do Jimmy Page, Paul McCartney e, tipo, Keith Richards, todos na mesma sala, juntos. Para mim, aquele foi o nosso momento. Eram só aqueles caras que nunca estiveram juntos na mesma sala antes. E eu preciso dizer, James Hetfield foi um host realmente gracioso. Ele fez com que fosse relaxado e divertido, e foi bem legal porque nós essencialmente fomos convidados para a câmara secreta do Metallica. [Risos] Ele fizeram com que fosse bem relaxante e bem fácil e bem divertido.
Lars Ulrich: Eu posso ter sido o atrasado. Todos estavam meio que olhando uns para os outros. E eu fui tipo, "ok, vamos tocar algo". Então nós começamos com "Breaking the Law" [do Judas Priest]. Nós simplesmente nos soltamos e começamos a nos divertir.
David Ellefson: A coisa engraçada é que todo mundo ficou praticando o dia inteiro. É só um riff simples, e nós juntamos todo mundo no backstage, na sala de ensaios montada no nosso vestiário também. Então Scott e Charlie e Frank e todo mundo vem a nossa tenda, e nós estamos lá, fazendo jam e ensaiando e trabalhando nas coisas também. Foi uma daquelas coisas onde todos queriam que fosse perfeito. Todos queriam que fosse a melhor coisas já feita.

Abaixo o vídeo:   \m/


segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Trujillo na estréia de "God Bless Ozzy Osbourne"

O baixista do Metallica e ex-Ozzy Osbourne, Robert Trujillo, o guitarrista e líder do Black Label Society, Zakk Wylde, o baixista Nikki Sixx do Mötley Crüe e o lendário baixista Rudy Sarzo (Ozzy Osbourne, Quiet Riot, Whitesnake, Dio, Blue Öyster Cult) estão entre os músicos que estiveram presentes no preview especial que aconteceu dia 22 de Agosto de "God Bless Ozzy Osbourne", o documentário sobre a vida do lendário vocalista de heavy metal."God Bless Ozzy Osbourne" será transmitido em mais de 400 cinemas nos Estados Unidos nesta quarta-feira, 24 de Agosto e segunda-feira, 29 de Agosto as 7:30 p.m. (horário local). Gravado durante três anos, a platéia conhecerá a história da vida de Ozzy, vista através dos olhos de seu filho mais novo, o produtor/cineasta Jack Osbourne, que trabalhou junto dos diretores Mike Fleiss e Mike Piscitelli.
Durante o documentário, Ozzy recontará sua adolescência conturbada, seu início de carreira com o Black Sabbath e o impacto da fama e vícios em seu primeiro casamento. Os espectadores também testemunharão o segundo capítulo de sua vida com Sharon, onde seus vícios cresceram a níveis assustadores, além de ouvir Ozzy e seus filhos explicarem suas tentativas de permanecer limpo, resultando em mais de cinco anos de sobriedade. Os fãs de música também verão apresentações ao vivo ao redor do mundo, incluindo cenas raras dos bastidores de Ozzy tanto dentro quanto fora do palco, nos vestiários pré-show, até suas noites em diversos quartos de hotel. Através do "God Bless Ozzy Osbourne", a platéia pode ter uma visão interna da vida uma estrela do rock, dos bons aos maus momentos.

Mostra de arte inspirada nas músicas do Metallica.

O site oficial do Metallica foi atualizado notícia,de que há uma mostra de arte inspirada nas músicas do Metallica
"A conexão entre a música e a arte sempre foi muito poderosa para nós, então a idéia de mostrar uma coleção de artes inspirada por nossas músicas pareceu que poderia ser bem única e especial. É aí que o fundador da Exhibit A Gallery de Los Angeles e artista Richard Villa III entra, se juntando ao lendário skatista Tony Alava para desenvolver a mostra "Obey Your Master" a partir de 20 de Janeiro de 2012.

A coleção conta com artistas dos mundos da arte, fashion, filme, música e skate que escolheram, cada um, uma música para interpretar em seu próprio estilo único. As peças estarão a mostra na Exhibit A Gallery em Los Angeles a partir de 20 de Janeiro até 23 de Março de 2012. Embora a noite de abertura seja uma recepção privada onde estarão todos os artistas, membros do MetClub terão a chance de ganhar passes para ela."

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Dave Mustaine revela sua música favorita do Metallica


A revista Revolver realizou uma entrevista com o Metallica, Slayer, Megadeth e Anthrax, para uma edição especial dedicada aos Big Four do thrash metal dos anos 80.

 Mustaine, que foi um dos membros originais do Metallica, foi despedido da banda pelo baterista Lars Ulrich em 1983. Ele foi substituído por Kirk Hammett e formou então o Megadeth, que obteve por si só sucesso mundialmente.

Quando perguntado sobre sua música favorita do Metallica, Mustaine disse, "eu tive que me esforçar bastante comigo mesmo para que eu conseguisse ouvir o Metallica. Antes, sempre que eu os ouvia, eu precisava, na minha cabeça, subir no palanque e soltar minhas reclamações sobre o que aconteceu comigo. E então, assim que eu percebi, 'Dave, você é sortudo, você é abençoado, você está em uma ótima banda, você está em uma outra ótima banda', eu finalmente disse, 'você está perdendo isto.'"

"E eu me lembro de ouvir esta música quando estava falando com o Lars uma vez e falar para ele que esta é minha música favorita do disco preto. E ele diz, 'Sério? Foda, cara'. Era 'The Unforgiven'. Eu gostei dela pois achei que foi a primeira vez realmente que eu ouvi o James (Hetfield) cantar de verdade. Ele cantava antes, e ele era um ótimo cantor. Mas aquela foi a primeira vez que eu o ouvi realmente cantar de verdade."

Clássico do AC/DC foi referência no Black Album


Em entrevista ao Music Radar sobre o 20º aniversário do Black Album, o produtor Bob Rock lembrou uma referência do Metallica durante as gravações.

“Lars Ulrich queria mais groove. Back In Black, do AC/DC, se tornou referência como disco de Rock com groove. Disse a ele que para conseguir aquilo ele deveria ser o foco musical. Então, em certas músicas, a banda tocou para Lars. Seguiram-no. Isso fez uma grande diferença”.

Fonte: Whiplash!

Curiosidade sobre Robert Trujillo



Após ver um site de piadas da internet Robert ficou impaciente com uma situação inusitada, que ocorreu em dezembro de 2010. O site dizia para ele apertar a tecla ‘F13’ do teclado para ter uma surpresa. Depois de ler a pequena brincadeira virtual, Robert quebrou o teclado na cabeça e obrigou um amigo que estava próxima, a comprar um novo teclado com a tecla ‘F13’. Duas semanas depois ele descobriu que não existia teclado com essa tecla.

sábado, 13 de agosto de 2011

Lista de melhores músicas inclui Metallica



Rockklassiker 106.7,a maior rádio de rock da Suécia, publicou uma lista com as 666 melhores músicas de TODOS OS TEMPOS, votadas pelos ouvintes da estação.

AC/DC e Kiss tiveram a maior quantidade de músicas entre as 666 faixas - 28 e 23, respectivamente - com o Metallica aparecendo 21 vezes, incluindo duas vezes no top 10. Guns N' Roses aparece com 18 faixas, enquanto o Iron Maiden aparece com 14, Deep Purple com 11 e Black Sabbath com 10.

Abaixo as 10 mais:

01.Deep Purple- “Smoke On The Water

02.Mettalica- “Enter Sedman”

03.Guns N’ Roses- “November Rain”

04.AC/DC- “Back In Black”

05.Metallica- “Nothing Else Matters”

06.Iron Maiden- “Run To The Hills”

07.Kiss- “Lick It Up”

08.Aerosmith- “Janie’s Got A Gun”

09.Jimi Hendrix- “Foxy Lady”
10.Queen- “Bohemian Rhapsody








terça-feira, 9 de agosto de 2011

Última entrevista de Cliff Burton (26/09/86)

A última entrevista de Cliff foi conduzida por Jörgen Holmstedt em Estocolmo no dia 26 de Setembro, 14 horas antes de sua morte. A entrevista e a seção de fotos foi feita para a revista pop sueca "Okej" e foi publicada em sua totalidade na edição de 20 de Julho de 2004 da "Sweden Rock Magazine".

Abaixo a entrevista na íntegra:

Prometeram-me uma conversa com Lars mais tarde e, no meio tempo, entrevisteiCliff Burton que se sentou lá, segurando sua caneca de cerveja. O baixista do Metallica olhou para ele mesmo com seu bigode ralo, seu cabelo avermelhado rebelde que parava como cola em sua cabeça, e que logo abaixo de seus ombros estava bagunçado. Olhando de perto, ele parecia mais velho do que seus 24 anos com seus dentes amarelados, um rosto meio marcado, o olhar cansado e a voz lenta típica de quem gosta de fumar um pouco aqui e ali. Tão louco como ele é nos palcos, ele é calmo fora deles.

Suas roupas consistiam em uma camiseta com uma camisa, jaqueta de jeans e aqueles lendários jeans largos que Cliff usava em 1986, quando era moda usar jeans super apertado. Na frente, ele tinha uma pequena montanha de Tuborg, Löwenbrau e Pripps. É um personagem verdadeiro do qual estamos falando.

Neste momento ele estava mais do que feliz em falar.

Eu comecei perguntando a Cliff se ele esperava que a banda chegaria aonde chegaram naquele momento em particular.
"Nem morto!" , ele gritou e abriu outra Löwenbrau, que estava em temperatura ambiente, com um "pschh". "Você não espera nada neste tipo de negócio. Nós definitivamente não nos tornamos estrelas do dia pra noite. Todo o tempo nós fizemos o que queríamos fazer. Nós nunca nos empenhamos muito para nos tornarmos estrelas do rock ou algo do tipo."

Nem quando vocês assinaram um contrato com a major Elektra nos Estados Unidos?
"Para nós foi mais para conseguirmos a possibilidade de comprar equipamentos novos e mais tempo no estúdio. Você sabe, só uma maneira de melhorar ainda mais o que temos."

Você sente que muitas das mídias de massa não gostam de bandas de "thrash metal" como o Metallica, comparado com o tanto de atenção que grandes bandas de rock de arena conseguem, apesar do fato de estarem no mesmo nível com o grande sucesso de vendas "Master of Puppets"?
"Nós não ligamos para o que as mídias de massa dizem ou escrevem. Nós temos que ter esta atitude senão poderíamos ser afetados por elas mas isso nunca vai acontecer conosco. A vendagem do disco fala por si próprio. Nós fazemos o que fazemos."


Você pode descrever o que sente quando vê seu álbum subindo mais e mais nos "ranks" de álbuns, até mais do que várias bandas mais conhecidas e nomes com mais tradição?
"Surpreso é a única palavra que eu consigo pensar. Não é nada daquilo que você espera, ainda mais porque nunca tocamos em rádio. Dá a sensação de que existe esperança para nosso tipo de música. Isso prova que você não precisa realmente de rádio."

Vocês disseram que provavelmente lançariam um "single" de "Master of Puppets" com duas músicas inéditas e recentes do outro lado do disco, o que aconteceu?
"Nós planejávamos fazer isso cara, mas então o James machucou o seu tornozelo e não pode tocar as músicas para o outro lado."

Então vocês não têm nenhuma música sobrando do "Master of Puppets" – gravação que vocês poderiam usar no lugar?
"Não, nós tentamos algumas músicas extras mas não saiu como queríamos, então falamos ‘dane-se'."

Agora que vocês estão no topo, ou próximo disso, está tudo como você esperava ser?
"Nós temos muitas coisas para fazer ainda, pode ter certeza. Mas você não pensa assim, o que se espera, apenas vai indo como louco e olha pra trás quando acabar. Senão você fica muito confuso."

Vocês devem, pelo menos, ganhar mais dinheiro atualmente?
"Sim nós ganhamos, ha ha. Nós temos um bocado de dinheiro a mais no bolso hoje,e estamos esperando mais das vendagens do último álbum. Nós sobrevivemos. Fazer turnês é mais gostoso agora que temos um novo ônibus e materiais melhores."

Aqui eu espontaneamente parei a minha velha fita da entrevista que eu consegui achar em uma velha gaveta em meu porão empoeirado. Eu havia esquecido que Cliff paradoxalmente falou bem do ônibus que eventualmente o matou. Mas 14 horas antes, tudo estava bem. Eu vou apertar "play" de novo.

Um de seus amigos disse que 1986 é, na verdade, o primeiro ano que vocês estão conseguindo algum dinheiro.
"É verdade. Todo o dinheiro ganho antes foi direto para a compra de equipamento da banda."

Como você se sente sobre o seu primeiro álbum "Kill'em All" hoje?
"Eu não o ouço há cerca de um ano e meio, ha ha! Ainda tocamos algumas músicas dele, mas um pouco diferente do que tocamos no álbum. Elas ficaram mais rápidas e pesadas, eu acho."

Como vocês começaram a usar o estúdio "Sweet Silence" em Copenhagen para gravar seus álbuns?
"Em primeiro lugar é um bom estúdio e eles têm um bom técnico lá, Flemming Rasmussen. Também porque conseguimos um bom preço. Nós sabemos que podemos conseguir um bom som lá. Tudo isso faz de ‘Sweet Silence' um lugar legal de se ficar. Só tem uma sala de estúdio, então você não cruza com outras bandas toda hora. Você pode se concentrar no seu trabalho."

O som em "Master of Puppets" é bem anos 70, com um som bem seco e muito eco na bateria, parecido com o que Ozzy e Dio tem em seus álbuns. Você concorda?
"Sim, nós queríamos ele bem seco para que soasse bem direto. Michal Wagener mixou o álbum e toda hora nós aparecíamos lá para ouvir que ele tinha coloca bastante reverb em quase tudo. Nós imediatamente falamos que não tava certo, para tirar o reverb das guitarras. A caixa soava como ‘ssschplaaaahhhh!'. Um som realmente medíocre. Não funcionava nas músicas mais rápidas, ficou gooey (nota: isto que ele disse). Não queríamos um álbum super produzido então falamos para ele o manter seco e direto, o mais próximo de nosso som ao vivo possível."


Atualmente várias bandas auto-intituladas de "thrash metal" foram contratadas por grandes empresas, como Anthrax e Metal Church. Parece que tudo começou com o Metallica. Vocês se sentem pioneiros?
"Não, não parece ser assim. Seria estranho se você sentasse e pensasse em você dessa forma. A gravadora pode nos ver como isso, mas nós certamente não. Será interessante ver por quanto tempo essas bandas durarão nas grandes gravadoras."

Você não acha que esse tipo de musica vai crescer ainda mais?
"As coisas vão mudar. Você sabe, de repente algo novo aparece antes de você perceber. Mas sempre haverão sobreviventes."

Vocês já tiveram tempo de escrever novas músicas desde que gravaram "Master of Puppets"?
"Não. Nós estamos em turnê há um ano. Temos um ‘riff' aqui e ali, conceito, talvez alguns títulos mas nada completo ainda."

Vocês fazem uma "jam" entre si antes de entrar no palco?
"Sim, estamos lapidando nossas músicas dessa forma, ha ha! Algumas vezes conseguimos idéias para novas músicas tocando assim, mas geralmente ficamos bestas e tocamos do nada quatro músicas diferentes ao mesmo tempo. Nós mesmos gravamos nossas idéias e, então, tocamos para o resto da banda. Quando não fazemos turnê nós podemos arranjá-las para completar as músicas."

Quando esta turnê terminará?
"A turnê européia? Eh, eu não consigo lembrar..."

De acordo com o plano de turnê, o ultimo show da Europa será dia 26 de Outubro no Aardschok Festival na Holanda, um dos maiores festivais de metal, junto com o Slayer e Anthrax. Muito barulho tem sido feito sobre isso dado que será um evento único com as três maiores bandas de "thrash" em um mesmo palco. Mas o destino quis algo diferente.

"De qualquer forma, devemos parar em Janeiro de 1987" , continuou Cliff . "Ou em Fevereiro, se alguns shows forem adicionados. Talvez Março, que diabos eu sei, ha ha! Esse é o esquema, eles sempre dizem ‘você irá em turnê aqui e ali, e então acabou'. Mas mesmo depois, é algo como ‘oh, aproposito, nós aumentamos a turnê em cinco semanas, porque agora vocês podem começar a vender álbuns nesses países também'."

Mas vocês não ligam pra isso, certo?
"Não, de forma alguma. É como se você fizesse uma banda como a nossa ficar maior. Como não temos tempo em rádio, temos que fazer turnê o máximo que pudermos. Esta turnê européia dura mais um mês. Então nós vamos por duas semanas para a América e então para o Japão por cerca de dez dias. Começou a fluir legal no Japão depois que conseguimos esse grande contrato com a CBS/Sony por lá. ‘Master of Puppets' vendeu muito mais do que os nossos outros dois álbuns no Japão, então eu mal posso esperar para ir lá. Depois disso, a gente não sabe ao certo o que acontece. Talvez iremos para a Austrália, talvez iremos a América do Sul, mas isso são só planos. Então tiraremos umas férias em casa, antes de tocarmos no oeste em Janeiro dado que não tocamos em vários lugares quando abrimos para o Ozzy, pois ele teve problemas na garganta e teve que cancelar a turnê."

O que você conhece da Suécia?
"Creio que quase nada."

Yngwie Malmsteen e vodca Absolut?
"Basicamente isso."

Você ainda vive em São Francisco?
"Sim, eu vivo. Eu moro no apartamento de meus pais. Eu nunca estou em caso de qualquer forma, você sabe. Sempre indo a algum lugar. Não pagaria aluguel por um lugar que estaria sempre vazio."

Então você não está planejando comprar um lugar que possa ser chamado de lar?
"Assim que possível eu vou fazer isso. Mas eu não tenho os fundos para isso. É um sonho meu comprar a minha própria casa. Um dia, espero, eu terei dinheiro suficiente para isso."

Você acha que permanecerá em São Francisco? "Sim, na ‘Bay-area'. É meu lugar favorito. Todo mundo da banda, exceto Lars, parece querer ficar na ‘Bay-area'."

Vocês são chamados de uma banda de "thrash", mas se eu bem sei você não ouve muito "thrash", certo?
"Bem, um pouco, mas não muito. Existe uma grande diferença entre o que a gente ouve comparado com o que a gente toca. Eu pessoalmente ouço muita coisa que não é tão pesada, tipo R.E.M., você já os ouviu?"

Como um metaleiro de 24 anos eu tenho que confessar que eu não sabia nada de Michael Stipes e uma banda pop que conquistaria o mundo algum tempo depois.

"Uma banda com influência sulista e leve," explica Cliff . "E eu também gosto de Peter Gabriel, Roxy Music e música mais velha, tipo Thin Lizzy, Blue Oyster Cult, Rush e Black Sabbath. Essas velharias. E punk tipo The Misfits."

Quando você ouve música mais leve, você sente que poderia escrever uma música desse tipo?

"Eh, sim, algumas vezes. Mas não há tempo pra isso, você sabe. O que a gente está fazendo agora exige toda o nosso tempo e energia. Talvez um dia, quando tivermos mais tempo, eu acho que pode acontecer. É um idéia interessante, pode ter certeza."

Como você acha que será o próximo álbum?
"Não há como prever isso. Isso está no futuro, e nós não ligamos pra isso agora. Estamos concentrados no que temos que fazer no momento. Quando for a hora veremos o que acontece. Ainda não discutimos com os produtores nada do tipo. Pensamos se usaríamos um grande produtor no ‘Master of Puppets', mas quando chegou a hora não nos pareceu certo. Nós sabemos que o Flemming Ramussen nos dá o som que queremos. Mas eu tenho certeza que o dia em que contrataremos alguém diferente chegará. Ainda mais porque ‘Master of Puppets' levou muito tempo pra ser feito. Se nós pegarmos um produtor eu acho que será alguém que fará com que trabalhemos mais rápido."

A gravação mostra que Cliff estava certo: o Metallica experimentaria, como vocês sabem, coisas mais leves primeiramente no "Black Álbum" de 1991. Ele foi produzido por um grande nome, Bob Rock. No entanto, isso não os fez trabalhar mais rápido, pelo contrário.

Eu acho que o próximo álbum não será gravado em Copenhagen,dado que eu sei que vocês estão cansados e enjoados dessa cidade?"Ha ha! Sobre esse problema, se realizarmos nosso desejo, provavelmente gravaremos na Califórnia. Provavelmente em Los Angeles. O tempo será automaticamente mais rápido lá. Em Copenhagen você não tem energia. Não é algo que reflita na música, mas vivemos lá por cinco meses, no meio do pior inverno. Da próxima vez será legal fazer isso em outro lugar onde exista luz e muito sol."

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Tributo ao Black Album saindo em revista:

A edição de setembro da revista Metal Hammer trará um CD especial, celebrando os vinte anos do trabalho auto-intitulado do Metallica, o popular Black Album.
A única gravação já conhecida é a de Lemmy Kilmister para “Enter Sandman”. Todas as outras são inéditas. Participam da compilação:

* LEMMY - "Enter Sandman"
* THE NEW BLACK - "Sad But True"
* DEVILDRIVER - "Holier Than Thou"
* DARK AGE - "The Unforgiven"
* CALLEJON - "Wherever I May Roam"
* I.C.S. VORTEX - "Don't Tread On Me"
* NEAERA - "Through The Never"
* DORO - "Nothing Else Matters"
* MOTORJESUS - "Of Wolf And Man"
* FINNTROLL - "The God That Failed"
* BORKNAGAR - "My Friend Of Misery"
* SODOM - "The Struggle Within"

Para a celebrar o aniversário da banda ..


O Metallica completa 30 anos este ano e o aniversário será celebrado com quatro shows especialíssimos no Fillmore de São Francisco, nos dias 5, 7, 9 e 10 de dezembro. Os shows terão convidados especiais, músicas raras, sets variados e surpresas. Segundo o site da banda, os fãs poderão comprar pacotes com os quatro ingressos para os shows e eventos surpresa, por apenas US$19.81. Já os ingressos individuais serão vendidos pelo valor que eram vendidos nos anos 80, US$6 cada.
A venda, será prioritária para membros do Fan Club oficial da banda. A inscrição custa US$45...Mesmo assim, 4 ingressos para shows especiais por menos de 70 dólares são super baratos!

O produtor Bob Rock recentemente deu uma visão aprofundada sobre o ‘Black Album’ do METALLICA


“Não foi um álbum fácil e divertido de se fazer,” Bob contou à Music Radar (via Blabbermouth). “Claro que demos algumas risadas, mas as coisas foram difíceis. Eu disse aos caras que quando completássemos esse álbum eu nunca trabalharia com eles de novo. Eles sentiram o mesmo a meu respeito.”
Sobre sua aproximação com composições do ‘mainstream’: “Eles tinham quebrado uma barreira, mas ainda não estavam nas rádios mainstream. Quando vieram até mim eles estavam prontos para fazer esse salto para algo grande. Um bocado de pessoas pensa que eu mudei a banda. Não mudei. Suas cabeças já estavam mudadas quando os conheci.”
Sobre o estilo de tocar bateria de Lars Ulrich: “Eu notei que o Lars tocava para a guitarra de James muito parecido com o jeito que Keith Moon tocava para Pete Townshend (THE WHO). Isso é legal para algumas bandas, mas não para todas. O ‘Back In Black’ do AC/DC foi um grande ponto de referência para um álbum de rock que ‘grooveava’. Eu disse isso em ordem para captar aquele sentimento, ele tinha que ser o ponto focal musicalmente. Então, em certas músicas, a banda tocou para Lars. Eles o acompanharam. Fez uma diferença real.”
Sobre James Hetfield: “Ele queria ir mais a fundo com sua composição. Ele queria que suas músicas realmente importassem. Nós falamos a respeito de grandes compositores, como (Bob) Dylan e (John) Lennon e Bob Marley, e eu acho que ele viu isso que ele poderia escrever para si mesmo, mas ainda tocar outras pessoas. Foi uma luta para ele, mas ele teve um tremendo avanço como compositor.”
Sobre gravar como uma banda ao vivo: “Eu insisti na banda tocar ao vivo no estúdio. Eles nunca tinham feito isso antes – todos os seus álbuns anteriores foram gravados em sessões separadas. Eu disse a eles, ‘vocês são uma grande banda ao vivo. Esta vibe é crucial para o álbum.’”
Sobre ‘Enter Sandman’: “Eu pedi a Jason (Newsted) para tocar mais como um baixista e menos como um guitarrista. Coloque isso com a nova perspectiva que Lars teve sobre a bateria e nós tínhamos uma música com um groove matador. De cara, baseado na música e no riff, a banda e seu empresário acharam que poderia ser o primeiro single. Então eles ouviram as letras de James e perceberam que a música era sobre morte no berço. Isso não iria dar certo.
Eu sentei com James e conversei sobre suas letras. Eu disse ‘O que você tem é ótimo, mas pode ser melhor. Tem que ser tão literal?’. Não que eu estivesse pensando no single; apenas queria que ele fizesse a música grande. Era um processo dele aprendendo a dizer o que ele queria, mas de um modo meio que aberto e mais poético. Ele reescreveu algumas letras e surgiu... o primeiro single.”
Sobre “Sad But True”: “Eles tocaram para mim a demo e eu os disse que eu achei que era a 'Kashmir' (N.T.: tida como uma das maiores canções do LED ZEPPELIN, do álbum Physical Graffiti) dos anos 90. Até onde sei, eles nunca tiveram nada tão pesado, tão energético e poderoso. Ritmicamente, eu poderia falar que ela tinha o potencial para ser absolutamente esmagadora!
Nós estávamos em pré-produção, e era desconfortável pois ninguém tinha feito isto com eles antes, e depois de seis canções veio ‘Sad But True’. De repente, eu percebi que cada música, incluindo esta, estavam afinadas em #E.
Então eu os informei que no ‘Feelgood' do MÖTLEY CRUE’, o qual eu produzi e o METALLICA adorou, a banda havia afinado para D. O METALLICA afinou para D, e isso é quando o riff realmente torna-se grande. Era essa força que você não pode simplesmente parar, não importa o que tente”
Fonte: ultimateGuitar

Em entrevista recente ao "The Sun", James Hetfield e Lars Ulrich comentaram a respeito do METALLICA, do novo álbum, bebida, e outros assuntos. Confira abaixo alguns trechos interessantes:


Sobre sua amizade com Lars Ulrich, Hetfield comenta que "nosso relacionamento é parte do que faz o Metallica especial. Se tudo for tranquilo todo o tempo, algo está errado. Você precisa ter atritos, pois isso cria energia, idéias, pro-atividade, e nós seguimos adiante."
Já sobre o “St. Anger”, o frontman do Metallica comenta que ele foi "um ponto baixo da montanha russa, mas nós estamos de volta ao topo agora", e completa falando sobre o documentário 'Some Kind of Monster', que expõe os bastidores da banda e as brigas existentes na época. "O ar místico do Metallica foi tirado. Você podia olhar por baixo do véu e ver o que estava rolando. Nós estávamos filmando um making of do disco, mas acabou se tornando algo maior, mas foi um presente. Foi um presente que de alguma forma não podíamos ignorar. Através do filme, nós vimos como nós realmente éramos. Foi um espelho para nos vermos agindo como pessoas de 12 anos. Nós éramos egomaníacos. Todos nós temos defeitos de características diferentes e foi bom vê-los na tela. Aprendemos mais com isso do que nossos fãs. Foi uma terapia para nós colocarmos isso para fora".

Curiosidades:


A música "Creeping Death" fala sobre as histórias de pragas lançadas sobre os egípcios, inspirada pelo filme "Os Dez Mandamentos".


O anel de caveira do James era originalmente de Cliff.E a banda Metallica tocou "Orion" no funeral de Cliff.


James fez backing vocals em duas músicas do Danzig: "Twist of Cain" e "Am I Demon?".


O primeiro show feito pela banda  Metallica foi no dia 14 de Março de 1982.


Durante um show na Rússia, 11 pessoas foram espancadas até a morte pela polícia local.


O começo de "Blackened" foi gravado com guitarras e posteriormente a gravação foi invertida para dar o efeito que se pode ouvir na música.


A mãe de James Hetfield e Cliff Burton morreram no mesmo dia (27 de Setembro, porém em anos diferentes). A música "To Live Is To Die" é em memória de Cliff, enquanto "The God That Failed" fala sobre a luta da mãe de James contra o câncer.


"The Mechanix" é a versão demo de "The Four Horsemen", com letra diferente, escrita na época em que Dave Mustaine ainda estava no Metallica. Devido a isso, a música "The Mechanix" pode ser encontrada no primeiro álbum do Megadeth, "Killing Is My Business... And Business Is Good".


A música The Call Of Ktulu se chamava originalmente "When Hell Freezes Over". Além disso, Ktulu é uma criatura que vive no fundo do oceano e que aguarda ser chamada, criada pelo escritor H.P. Lovecraft e é originalmente grafada "Cthulhu"


A música "One" foi baseada em parte no filme "Johnny Got His Gun" de 1971, escrito e dirigido por Dalton Trumbo. Uma das versões do clipe da música possui trechos desse filme.


O álbum "Load" seria originalmente um álbum duplo, mas por falta de tempo de gravar as últimas 13 músicas, acabou sendo um álbum simples. As músicas restantes resultou no "ReLoad".A capa de "Load" é uma foto composta de sangue bovino e sêmen, entitulada "Semen and Blood III", de 1990, do artista Andres Serrano. Já a capa do "Reload", criada pelo mesmo artista, é composta de sangue e urina..


Um dos títulos propostos para o álbum "Master of Puppets" foi "Disposable Heroes"


As primeiras músicas covers que o Metallica gravou foram "Killing Time" e "Let It Loose".


O título original do álbum "Kill'em All" era "Metal Up Your Ass" (Metal Até O Rabo) mas foi mudado devido a pressão da gravadora, que recusou a lançar o álbum com tal nome.

Prêmios recebidos:


Grammy's



1989 : 32nd Annual Grammy Awards
Melhor Performance de Metal: One

1990 : 33rd Annual Grammy Awards
Melhor Performance de Metal: Stone Cold Crazy

1991 : 34th Annual Grammy Awards
Melhor Performance de Metal (Album): Metallica (The Black Album)

1999 : 41st Annual Grammy Awards
Melhor Performance de Metal: Better Than You

2000 : 42nd Annual Grammy Awards
Melhor Performance de Hard Rock: Whiskey in the Jar

2001 : 43rd Annual Grammy Awards
Melhor Rock Instrumental: Call Of Ktulu (S&M)

2004 : 46th Annual Grammy Awards
Melhor Performance de Metal: St. Anger

2009 : 51th Annual Grammy Awards
Melhor Performance de Metal: My Apocalypse
Melhor Embalagem de Disco: Death Magnetic



MTV Music Video Awards

1992 : MTV Music Video Awards
Melhor Vídeo de Metal: Enter Sandman

1996 : MTV Music Video Awards
Melhor Vídeo de Metal: Until it Sleeps



American Music Awards

1996 : American Music Awards
Artista Preferido: Heavy Metal - Hard Rock: Metallica - Re-Load

1996 : American Music Awards
Música Hard Rock/Metal Preferida: Until It Sleeps



Bammies

N/A - Bammies
Baterista Destaque: Lars Ulrich

N/A - Bammies
Álbum Destaque de Hard Rock: Re-Load



Billboard Music Awards


1997 - Billboard Music Awards


Artista Rock and Roll do Ano: Metallica (RIAA Diamond Award)